Urinar e tomar água são tarefas tão simples que, muitas vezes, ganham pouco destaque na rotina das pessoas. No entanto, para o estudante de sistema de informação Luiz Ernani de Lima Junior, de 24 anos, foi uma das melhores coisas que fez nos últimos dois anos.
Em 15 de fevereiro, ele recebeu um rim da irmã Ana Paula, de 22, em um transplante bem-sucedido, no Hospital Felício Rocho. Os atos tão simples são importantes, porque, para as pessoas com insuficiência renal, o consumo de água é limitado. Eles também não fazem xixi.
Aos 14 anos, Luiz teve uma nefrite (infecção nos rins), fez tratamento por oito anos, mas teve de, aos 22, começar a hemodiálise. As aplicações de quatro horas por dia, três vezes na semana, tomavam a maior parte de seu tempo. “Não tinha como trabalhar ou fazer estágio”, lamenta. A vida como novo órgão inclui o uso regular de medicamentos com efeitos colaterais e visitas frequentes a um hospital para exames de controle. Nada que Luiz não tire de letra.
A indicação da diálise ou de um transplante renal é feita com muito critério. Além de vários aspectos médicos, são levados em consideração possíveis problemas que, eventualmente, possam ter influência nos resultados de longo prazo.
Segundo o médico nefrologista, o paciente e seus familiares devem observar pelo menos quatro questões antes de se decidirem pelo transplante: se todas as outras terapias foram tentadas, se a pessoa sobreviverá sem o transplante, o estado geral de saúde do paciente e se a pessoa está psicologicamente preparada para uma mudança de vida depois do transplante.
Esta foi uma reportagem de Márcia Maria Cruz do Estado de Minas do caderno Bem Viver do dia 09 de fevereiro de 2008, 23 dias após o meu transplante renal. O caderno fazia reportagens sobre o dia Mundial do Rim que é comemorado na segunda quinta-feira do mês de março.
As reportagens estão disponíveis no site da Nefrologia Online no seguinte endereço: <http://www.nefrologiaonline.com.br/previna/Dia2008/ebv0903p0405.pdf>
Referências
CRUZ, Márcia Maria. Atos simples e tão complexos. Estado de Minas, Belo Horizonte, 09 mar. 2008. Caderno Bem Viver, p.5.